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Quarta-feira, 22 de Outubro 2025

Agro

Clima irregular e custos elevados travam o ritmo da soja em MT

Com 4,8 mil hectares previstos para a soja nesta temporada, o produtor Fábio Busanello semeou apenas 25% da extensão na propriedade em Primavera do Leste.

Alan Almeida
Por Alan Almeida
Clima irregular e custos elevados travam o ritmo da soja em MT
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Na região sudeste de Mato Grosso, o céu ainda dita o ritmo do plantio da soja. Por lá, diante das chuvas irregulares, é possível observar produtores com 40% da área destinada semeada e outros que ainda aguardam a unidade ideal para ligar as plantadeiras, o que leva o campo a viver um início de temporada marcado por cautela e expectativa, tornando a safra um teste de paciência.

A situação de chuvas irregulares preocupa os produtores da região ainda mais diante dos custos elevados e das margens apertadas.

Com 4,8 mil hectares previstos para a soja nesta temporada, o produtor Fábio Busanello semeou apenas 25% da extensão na propriedade em Primavera do Leste. Segundo ele, as máquinas aguardam as chuvas para dar continuidade aos trabalhos de semeadura.

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Na avaliação de Fábio, a cautela se faz necessária, pois os custos seguem elevados nos últimos anos, principalmente as taxas de juros, o que vem deixando a agricultura “cada vez mais curta para erros”.

“Redobramos a atenção. Todo dia vendo a previsão do tempo, sempre bem apurado na escolha de tecnologias e escolhas de materiais, na tomada de decisões no geral. Então está na ponta da caneta realmente”, frisa ao Patrulheiro Agro.

Áreas de sequeiro ainda engatinham

A “Grande Primavera do Leste”, que reúne 11 municípios, deve semear nesta temporada 2025/26 1,6 milhão de hectares de soja, conforme o Sindicato Rural de Primavera do Leste.

Carlos Donin, gerente do Sindicato Rural do município, pontua que são “raras” as áreas de sequeiro que tiveram chuva o suficiente para permitir a entrada das máquinas nas lavouras. “Mas, temos pontos isolados em que já começou o plantio. A região inteira não teve uma chuva equilibrada ainda para soltar realmente o plantio“.

Na última safra, a média de sacas de soja colhida por hectare ficou na casa das 52 sacas. “Não é ano para fazer floreios. Não é ano para gastar excessivamente. Acredito que o produtor vai trabalhar para manter aquela média do ano passado fechando os custos e garantir margens sobre a produção. É um ano desafiador”, salienta à reportagem do Canal Rural Mato Grosso.

Conforme o tesoureiro do Conselho Estadual das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários (Cearpa), Marcelo Cunha, o início do plantio da soja na região sempre ocorre entre os dias 5 e 10 de outubro. “Então, ainda estamos com o tempo a nosso favor. Tem que ter cautela, pé no chão, esperar essa chuva vir de fato e concretizar o plantio”.

Ele comenta que o atraso no início da semeadura acabou beneficiando as revendas nas entregas dos insumos. “No início foi um pouco tumultuada a entrega de sementes, alguns fertilizantes ainda estão chegando até o produtor. Mas, agora ajustou, acomodou o prazo”.

Propriedades enfrentam desafio de manter umidade no solo

Apesar da irregularidade das chuvas na região, algumas propriedades conseguiram registrar um avanço significativo nos trabalhos. Na propriedade da família Fritsch em Jaciara a soja deve ocupar três mil hectares. Cerca de 40% da área prevista já está plantada. Entretanto, o desafio agora é manter a umidade em cima dos talhões germinados.

O plantio na propriedade começou no dia 27 de setembro, comenta o produtor Murilo de Gasperi Fritsch. “Plantamos por dois dias, demos uma pegada de 20% da área e paramos porque choveu. Não tinha chovido muito ainda. Tinha um volume de uns 40 milímetros acumulado, bem picado. Aí deu uma chuva de uns 20 milímetros e entramos plantado. Só que o tempo secou de uma vez e as previsões para a frente não são animadoras. Você vê que nessa região aqui, Jaciara e Campo Verde, é pouca gente que está plantando ainda, tem lugar que já choveu muito, mas tem lugar que não choveu nada praticamente”.

FONTE/CRÉDITOS: canalrural
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